Autoridades no Fórum Empresarial do Brics

FIRJAN E BRICS:
ATUAÇÃO GLOBAL


A reunião da Cúpula do BRICS, que aconteceu nos dias 06 e 07/07 no Rio de Janeiro, foi acompanhada de perto pela Firjan, que também atuou em diversas frentes, participando de sete eventos preparatórios e complementares com lideranças empresariais e autoridades governamentais do Brasil e de países membros do grupo econômico.

 

Muito além dos indicadores econômicos, o Rio de Janeiro reafirma sua relevância internacional pelo seu soft power, que se traduz em sua capacidade de gerar conexões, promover intercâmbio de ideias e estimular a cooperação multilateral. Na pauta dos BRICS, essa força simbólica se revela tanto na atração de investimentos quanto na difusão de soluções inovadoras para desafios globais. A Firjan, ao articular o setor produtivo no contexto desses grandes encontros, contribui para posicionar o Rio como referência de modernidade e liderança social, cultural e econômica.


“A partir das recomendações do setor privado, representado no Conselho Empresarial, teremos contribuições inestimáveis, em linha com as duas prioridades definidas pela presidência brasileira: a cooperação do Sul Global e as parcerias BRICS para o desenvolvimento social, econômico e ambiental”, ressaltou Luiz Césio Caetano, na abertura do Fórum Empresarial do BRICS, que foi organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pela Firjan.


Além do Fórum Empresarial, a federação participou da reunião da Aliança Empresarial de Mulheres (WVA), e dos Fóruns Brasil-Rússia, onde Caetano representou também a CNI, e do Brasil-Índia. Uma delegação chinesa se reuniu com o presidente da Firjan, na sede da federação, e depois visitou o Centro de Referência em Construção Civil, Energias Renováveis, Alimentos, Bebidas e Panificação da Firjan SENAI, na Tijuca.


O primeiro-ministro do Vietnã debateu oportunidades de cooperação econômica com o Brasil e o estado do Rio de Janeiro durante encontro com Luiz Césio Caetano. No mês de junho, uma reunião do Conselho Empresarial de Relações Internacionais com a presença da diretora do BRICS Policy Center discutiu as perspectivas do encontro grupo na sede da Firjan.


A Declaração Final da 17ª Reunião de Cúpula do BRICS destacou a importância do Sul Global como um motor de mudanças positivas, especialmente diante de desafios internacionais significativos, entre os quais o agravamento das tensões geopolíticas, a desaceleração econômica, as transformações tecnológicas aceleradas, as medidas protecionistas e os desafios migratórios.  


A cúpula do BRICS é formada por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã. Também participam os países parceiros: Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Tailândia, Cuba, Uganda, Malásia, Nigéria, Vietnã e Uzbequistão.

 

reunião do Fórum Empresarial
Caetano discursa no Fórum Empresarial, ao lado do vice-presidente Geraldo Alckmin (Foto: Paula Johas)


Fórum Empresarial


O Fórum Empresarial do BRICS  reuniu lideranças empresariais, autoridades governamentais e especialistas dos países do bloco, no Píer Mauá, no Rio. Na abertura, em 05/07, participaram o presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva; o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban; o vice-presidente e ministro do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin; e o primeiro-ministro da Malásia, Anwar Bin Ibrahim, entre outras autoridades.


“A Firjan e a indústria brasileira esperam que as recomendações e propostas sejam ouvidas pelos tomadores de decisão no âmbito governamental em cada nação. No estado do Rio de Janeiro, a corrente de comércio com os países do BRICS somou mais de US$ 23 bilhões em 2024, em comparação a 2015, quando o índice foi de US$ 9 bilhões, crescimento de quase 170% em dez anos”, pontuou Caetano.


Aliança de Mulheres

 

Mulheres no Brics
Diretora comercial da Indústria de Alimentos Cadore, Claudia Scofano, participou da Aliança de Mulheres do Brics (Foto: Divulgação/Firjan)

 

Empresas fluminenses participaram, nos dias 4 e 5 de julho, do encontro de negócios promovido pela Aliança Empresarial de Mulheres do BRICS (WBA), pela Agência Brasileira de Promoção das Exportações (ApexBrasil) e CNI, com parceria da Firjan. Associadas da federação fluminense e empresárias de outros estados apresentaram seus produtos para potenciais compradores de diversos países de várias partes do mundo no Museu de Arte do Rio (MAR).


A WBA tem a missão de promover a inserção econômica de mulheres e fomentar a cooperação entre as empresas lideradas por mulheres nos países do BRICS.


“A reunião do BRICS WBA é voltada justamente para a questão do empreendedorismo feminino. A entidade tem a preocupação com o desenvolvimento, redução da desigualdade e a ampliação do protagonismo das mulheres na economia”, explicou Marcia Carestiato Sancho, vice-presidente do Conselho Empresarial de Mulheres da Firjan.


Em dois dias, foram realizadas 183 reuniões online e 92 presenciais, com a participação de 108 empresas brasileiras, sendo 29 do estado do Rio. Destas, oito são associadas à Firjan CIRJ: Indústria de Alimentos Cadore, Cereais Bramil, Guilff Fitness, Oui Fitness, Le Luc lingerie, FTS Clube Fitness, Sestab Energia e Flower Nanotech.


Rússia

 

Caetano no fórum Brasil-Rússia
Caetano destacou a importância do comércio bilateral entre Brasil e Rússia (Foto: Paula Johas)


O Fórum Empresarial Brasil–Rússia reuniu, em 03/07, lideranças empresariais dos dois países, destacando que a indústria fluminense tem o segundo maior PIB brasileiro e um fluxo comercial bastante expressivo com a Rússia, US$ 865 milhões em 2024.


“A Rússia está entre os 20 principais parceiros econômicos do estado do Rio e fornece insumos para o setor de metalurgia, energia e fertilizantes. Nós vendemos máquinas e equipamentos médicos, entre outros produtos”, informou Luiz Césio Caetano, que também representou a CNI no fórum.


As importações fluminenses da Rússia mais que dobraram no último ano, passando de US$ 380 milhões para US$ 860 milhões. Enquanto o volume de exportações do Rio de Janeiro para a Rússia cresceu 14% em 2024.


Presidente do Conselho Empresarial Brasil-Rússia, Pavel Cardoso falou do esforço dos dois países na consolidação de uma agenda econômica moderna. “Em 2024, o comércio bilateral entre os nossos países alcançou o patamar histórico de US$ 12,4 bilhões, com um crescimento de 9,3% em relação ao ano anterior. Isso demonstra o vigor dessa parceria. Mas é um sinal claro de que podemos ir além”, expôs Cardoso, que também é presidente da Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic).


Missão Chinesa

 

Caetano e líder chinês
Caetano recebe presidente de seção chinesa no Conselho Empresarial do BRICS (Foto: Vinícius Magalhães)

 

Com o foco em parcerias, a Missão China BRICS Senai-DN conheceu o modelo de educação profissional da Firjan SENAI, além da infraestrutura educacional e de tecnologia da federação em visita ao Centro de Referência em Construção Civil, Energias Renováveis, Alimentos, Bebidas e Panificação da Firjan SENAI, na Tijuca, em 03/07.


Antes da visita, a delegação foi recebida pelo presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano; pelo diretor de Educação e Cultura da Firjan SENAI SESI, Vinícius Cardoso; pelo gerente da Firjan Internacional, Giorgio Luigi Rossi; e pelo superintendente de Negócios Internacionais da CNI (Senai, Sesi e IEL), Frederico Lamego, na sede da federação.


A missão estrangeira foi liderada por Liu Zhenying, presidente da Seção Chinesa do Grupo de Trabalho sobre Desenvolvimento de Competências, Tecnologia Aplicada e Inovação do Conselho Empresarial dos Brics.
 

Índia

 

Caetano na reunião Brasil-Índia
Luiz Césio Caetano falou sobre a proximidade entre Brasil e Índia no Museu do Amanhã (Foto: Paula Johas) 

 

Na abertura do Fórum Econômico Brasil–Índia, evento paralelo às atividades da Cúpula do BRICS, Luiz Césio Caetano ressaltou a proximidade entre nosso país e o asiático.


“É de maior relevância essa proximidade dos dois países, abrindo a possibilidade de novos negócios em economia verde, inteligência artificial, transição energética, entre outros temas”. Caetano destacou que o Rio de Janeiro e a Índia têm uma balança de comércio em torno de US$ 1,2 bilhão, mas que sempre há pontos de convergência para explorar.


O Fórum foi realizado no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, em 07/07. Autoridades e empresários dos dois países participaram de painéis para debater parcerias estratégicas no engajamento do setor privado rumo à COP30; na indústria farmacêutica e ciências da vida; segurança alimentar; e nova indústria, tecnologia e inovação.


Também prestigiaram o evento, o presidente da CNI, Ricardo Alban, representantes da ApexBrasil e dos ministérios de Relações Exteriores e MDIC.


Vietnã

 

Caetano e premier do Vietnã
Presidente da Firjan debate cooperação econômica com o primeiro-ministro do Vietnã (Foto: Vinicius Magalhães)


Em reunião com o primeiro-ministro do Vietnã, Pham Minh Chinh, Luiz Césio Caetano, debateu oportunidades de cooperação econômica, parcerias industriais, transição verde e infraestrutura. Foi um evento paralelo à Cúpula do BRICS.


Caetano entregou dois documentos à autoridade do Vietnã: um panorama da indústria fluminense e seus setores; e informações sobre o Cenário de Infraestrutura e Investimentos no estado do Rio. O Vietnã é o 55º comprador de produtos do estado fluminense e o 39º fornecedor de produtos para o Rio de Janeiro.


“A federação está aberta a explorar novas oportunidades de negócios, e nessas reuniões bilaterais mostramos todo o potencial do estado do Rio”, afirmou Caetano. Já o primeiro-ministro destacou que o Vietnã busca diversificar suas parcerias econômicas e garantir recursos vitais para o crescimento contínuo do país.


Conselho de Relações Internacionais


O Conselho da Firjan recebeu, em 24/06, a especialista Marta Fernández, diretora do BRICS Policy Center, que apresentou um panorama geral e geopolítico das expectativas da presidência brasileira no BRICS neste ano.


Marta avaliou o cenário da reunião do BRICS: “O que temos hoje é o Brasil como membro pleno da América Latina e uma expansão para a Ásia muito grande. Agora acabaram de entrar a Indonésia e o Vietnã. Os países do grupo entendem a diferença entre eles como a grande riqueza do BRICS, que respeita as várias formas de organização política e econômica e as diversas línguas”, resumiu.