Auditório lotado em primeiro plano com cinco debatedores no palco e um telão ao fundo mostrando o patrimônio histórico de Petrópolis

CONSERVAÇÃO DE
PATRIMÔNIOS EM DEBATE


A utilização de patrimônios se tornou assunto central da mesa redonda “Como Potencializar Novas Construções em Sítios Históricos Urbanos?”, nesta quarta-feira (20/09), no Rio Construção Summit. O debate contou com a participação de Leandro Grass, presidente do Instituto do Patrimônio Artístico e Histórico Nacional (Iphan); de Luiz Fernando Gomes, presidente do Sinduscon de Petrópolis; de Laura di Blasi, presidente do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH); e de Eduardo Viegas, presidente da Concrejato Engenharia. 

 

Moderadora do encontro, a presidente da Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (AsBEA-RJ), Sônia Lopes, iniciou a explanação com destaque à composição da mesa, no sentido de reforçar o trabalho em conjunto - da preservação e do mercado – com a defesa de que “não tem como ter preservação de patrimônio sem ter uso. E para a gente usar, precisa intervir”. 

 

Com apresentação de monumentos em Petrópolis, Luiz Fernando defendeu “o entrosamento entre os órgãos para dar velocidade e que as obras sejam realizadas a tempo, antes que um patrimônio corra o risco de cair. A gente precisa trabalhar a conservação alinhada com a modernização, para que esses espaços sejam utilizados”.

 

Luiz Fernando fala sobre o patrimônio de Petrópolis

Mesa debateu formas de conseguir maior celeridade para proteger os patrimônios. Crédito: Above Studio

 

Viegas contextualizou a atuação especializada da Concrejato no restauro de bens tombados, recuperação e modernização. Ele sustentou a necessidade de os projetos terem um planejamento também de manutenção posterior à obra. E sintetizou que “o sucesso de qualquer empreendimento é quando todas as partes envolvidas trabalham em prol do projeto e entendem os desafios”. 

 

O presidente do Iphan aproveitou a oportunidade para desconstruir que “o patrimônio jamais será um obstáculo para o desenvolvimento sustentável. Ele irradia oportunidades econômicas, culturais, científicas. Isso precisa ser entendido. O patrimônio só é um problema para quem tem visão predatória”.

 

Com apresentação do mapa de proteção e bens tombados e preservados, Laura destacou que “o patrimônio existe para cada lugar ser único, ter sua identidade própria, que significa que é único no mundo” e ressaltou que com diálogo e parceria os locais podem ser valorizados e utilizados em harmonia.