Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira

O LEGADO DE
EDUARDO EUGENIO


Presidente da Firjan faz história em 29 anos, deixando legados na educação e nas políticas de desenvolvimento do estado do Rio e do Brasil

 

Integração, visão sistêmica, excelência na prestação de serviços e atuação através de parcerias permeiam os 29 anos de mandato de Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, transversalizando a maioria de suas ações na Presidência da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

 

No rol do legado que deixa para os fluminenses está a educação. O homem que literalmente derrubou um muro para unir SESI e SENAI acredita que “o mais importante é a questão da educação”.

 

Sua gestão abraçou, de 1995 a 2024, a responsabilidade de desenvolver o Rio e consolidar a Firjan como instituição representativa da indústria de todo o estado, com relevância nacional. Uma atuação que trouxe resultados para o Rio em termos de integração, modernização, sustentabilidade, competitividade e inovação, a exemplo da criação da Casa Firjan. Além disso, Eduardo Eugenio entrou em lutas para fortalecer a indústria fluminense, com destaque para a batalha que enfrentou pela criação do Arco Metropolitano do Rio. Tudo isso embasado por estudos, pesquisas e também ação social.

 

Após agradecer ao presidente Eduardo Eugenio pela confiança e apoio à sua candidatura, Luiz Césio Caetano, atual 1º vice-presidente e presidente eleito da Firjan, destacou o orgulho que sente dessa convivência.

 

“Considero uma honra o nosso convívio de quase 30 anos na Firjan. Eu recebo uma federação, que considero um precioso bastão, entregue por alguém que dedicou horas preciosas de sua vida a esta instituição que temos tanto apreço”, enalteceu Caetano, que toma posse em 14/10.

 

Armando Salgado, presidente do Conselho de Eméritos da Firjan/CIRJ, ao saudar o presidente Eduardo Eugenio, ressaltou que “dentre tantas contribuições prestadas ao longo de seus anos à frente da Firjan, uma merece um destaque especial, a sua sensibilidade em aglutinar, através do diálogo, as melhores condições da entidade que dirigia, objetivando ordenar os mais expressivos esforços por entre o empresariado do Rio de Janeiro, alcançando assim significativas ações em âmbito institucional junto aos organismos municipais, estaduais e federais”.

 

Segundo o conselheiro, “a Firjan se tornou uma voz ativa junto à comunidade empresarial nacional com seus estudos de origem técnica, emprestando valiosa contribuição ao desenvolvimento regional e nacional”.

 

Eduardo Eugenio: a gestão foi pioneira na integração de suas instituições em torno do Sistema Firjan, ideia posteriormente adotada por outras federações (Foto: Marcelo Martins)

 

A integração Sistema Firjan

 

A preocupação com a integração, grande marca da gestão de Eduardo Eugenio, resultou na união das instituições Firjan, SESI (Serviço Social da Indústria), SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), CIRJ (Centro Industrial do Rio de Janeiro) e IEL (Instituto Euvaldo Lodi) em um mesmo corpo. A ação gerou economia de recursos, ganho de escala e impacto nas áreas de tecnologia, saúde, educação e associativismo e promoveu o nascimento do Sistema FIRJAN, modelo de gestão inovador à época.

 

Esse movimento teve um marco simbólico, de acordo com Eduardo Eugenio, em entrevista ao projeto Memória da Indústria.

 

“Quando eu vim para a Firjan, tinha a Firjan, o CIRJ, o SESI, o SENAI, com ‘donos diferentes’, com responsabilidades diferentes. E havia muita duplicidade. Três departamentos jurídicos, por exemplo. Então, nós começamos [o Sistema] e foi duro, foi demorado. E nós fomos pioneiros em fazer o tal do Sistema. Agora todo mundo usa o Sistema. Mas fizemos um negócio profundo. E teve um momento simbólico desse movimento, que foi a abertura do muro [entre as unidades do SESI e outra do SENAI em Resende]. Foi simples, a queda do muro físico, mas foi simbólico”.

 

Caetano, Ricardo Guadagnin, Alexandre dos Reis e Eduardo Eugenio, na inauguração da Firjan SENAI SESI Região dos Lagos, em setembro: nova unidade vai formar profissionais para a indústria regional (Foto: Vinícius Magalhães)

 

Educação para transformar

 

Um gol de placa da educação, grande legado dessa gestão, foi o “Projeto Transformar – Escrevendo o Futuro”, voltado para erradicar o analfabetismo entre jovens e adultos. A iniciativa deu origem ao programa do governo federal “Por um Brasil Alfabetizado”.

 

A Firjan SESI, atenta às oportunidades nesse viés educacional, instalou bibliotecas nas comunidades, na implantação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) e realizou uma agenda intensa de ações de voluntariado empresarial.

 

Sempre com a missão de educar para transformar, comitês Técnicos Setoriais revisaram o portfólio da rede SENAI, renovando laboratórios e oficinas. Cursos mais complexos e sofisticados tornaram o SENAI capaz de formar os melhores profissionais para os desafios da Indústria do século XXI.

 

Em 2001, foi criado o primeiro produto da integração SENAI SESI no Brasil: o Ensino Médio EJA da Firjan SESI articulado à qualificação profissional da Firjan SENAI, que já somam 62 mil matrículas.

 

O Conecta é outra ação marcante da gestão de Eduardo Eugenio. O programa já capacitou milhares de professores da rede SESI SENAI e da rede estadual de Educação, com novas tecnologias educacionais. No embalo do uso das tecnologias digitais, surge o SESI Matemática, projeto que vence a dificuldade da matéria de alunos do Ensino Médio de todo o Brasil com jogos digitais.

 

Outra inovação foi a implantação do Fab Lab para formação profissional, com impressoras 3D, cortadoras a laser e outras tecnologias. Hoje são 20 Fab Labs nas unidades da rede. A área educacional tem ainda como destaque os programas de pós-graduação, em parceria com a Universidade Federal Fluminense (UFF), que formaram 3.200 diretores de escolas.

 

Recentemente, a Firjan SESI, em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), elaborou o estudo Combate à evasão no Ensino Médio — Desafios e Oportunidades. A sugestão de conceder auxílio financeiro para manter os jovens na escola encontrou eco e já se transformou em política pública.

 

“Eu estou convencido de que nós todos servimos à sociedade. E, diferentemente do que alguns afirmam, todos nós somos trabalhadores. Então, a Firjan serve para a promoção da pessoa. Quer seja no emprego, quer seja na sustentação da educação, ou da melhoria da condição de saúde para que ela tenha uma melhor vida. Esse é o objetivo final. É o que me move, que me moveu durante esses anos todos”, reflete Eduardo Eugenio, para perpetuar um dos objetivos da federação no projeto Memória.



“O mais importante é a questão da educação. A Firjan foi pioneira na educação continuada. Ou seja, nós fazemos o curso fundamental, o médio, e os meninos e as meninas já entram no SENAI ao mesmo tempo. Não precisa completar aqui. Isso foi uma novidade da integração. Antigamente não era integrado, o SENAI e o SESI. Passados alguns anos, diversas escolas do Brasil adotaram esse formato. Nós estamos nisso há muitos anos”, complementa o presidente da Firjan, ao destacar o que se tornou um dos grandes legados de sua administração.

 

Eduardo Eugenio no Seminário Combate ao Brasil Ilegal, iniciativa lançada em 2022 em parceria com a Fecomercio e a ACRJ, que mapeia as atividades ilegais no Brasil e os impactos causados por elas (Foto: Firjan)

 

Pesquisas em prol do estado

 

Estudos e pesquisas são braços bastante relevantes na gestão Eduardo Eugenio. Já em 1996, a instituição realizou o estudo “Potencialidades do estado do Rio de Janeiro”, em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Esse retrato identificou potencialidades e gargalos para o desenvolvimento das regiões do estado, gerando polos industriais avançados, como o Cluster de Moda Íntima de Friburgo, o Petrópolis Tecnópolis na Região Serrana, o Polo Metal Mecânico no Sul fluminense e o Gás Químico na Baixada.

 

Em 2008, a iniciativa inédita no Brasil de realizar o Mapeamento da Indústria Criativa tornou-se a única fonte de dados do setor. Em 2022, a sétima edição do Mapeamento reiterou o reconhecimento da força desse setor no estado do Rio de Janeiro e no Brasil.

 

Para dar suporte a decisões empresariais, a instituição ainda calcula o Produto Interno Bruto (PIB) do Rio, a partir dos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), faz o Diagnóstico do Comércio Exterior e realiza o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), o Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF), o Anuário do Petróleo no Rio e o Panorama do Roubo de Carga no Estado; entre tantos outros.

 

O diálogo é outro carro-chefe dessa gestão exitosa. Com a realização de debates, atraiu olhares e viabilizou o avanço de grandes projetos indutores de desenvolvimento, como o Polo Audiovisual, o Porto de Sepetiba e o Porto do Açu, no Norte Fluminense. Além disso, promoveu mobilização em torno de propostas embasadas junto aos governos federal, estadual e prefeituras, buscando aprofundar parcerias para realizar as mudanças necessárias no cenário socioeconômico e maior competitividade das indústrias.

 

“Temos que sair dos muros da fábrica. Eu sempre digo, repito, você não pode ter uma indústria, uma empresa de sucesso, numa estrutura social esgarçada. Não funciona. Funciona de uma forma pobre e injusta. Então, durante muito tempo, e é quase permanente, é um embate de pensamento entre o que nós queremos e o que querem as autoridades públicas que se dizem responsáveis por isso. Então, essa vida de 28 anos lidando com o governo do estado, com a Assembleia Legislativa e com a Justiça é muito rica. Eu tinha que lidar com todos eles de uma forma institucional. Isso traz para nós, e por isso a tal integração foi importante, porque nós sempre tivemos muita preocupação com a sustentabilidade econômica. Porque a sustentabilidade econômica do Sistema Firjan induz a liberdade, a sustentabilidade política de liberdade. Então, nós não dependemos de ninguém. E essa liberdade nós exercemos ad nauseum e continuamos exercendo. E a reputação que nós construímos por mantermos essa linha, essa reputação, é impecável”, evidencia Eduardo Eugenio.

 

Capacitar para desenvolver

 

Ganhar competitividade para as indústrias do Rio de Janeiro foi outra importante meta de Eduardo Eugenio. Com o esvaziamento econômico do estado, a Firjan tomou para si a incumbência de ser um agente privado indutor do desenvolvimento estadual, atuando em parceria com os governos sob o binômio competitividade e responsabilidade social. A federação ajudou os municípios a se capacitarem tecnicamente para promover um bom ambiente de negócios, além de realizar campanhas para redução da carga tributária e melhoria da infraestrutura.

 

Em 2021, o foco nas micro e pequenas empresas, maioria nos cenários estadual e nacional, gerou um portifólio de produtos e serviços próprio denominado Firjan_Peq.

 

Evento histórico que marcou os 20 anos de luta da Firjan pela aprovação das reformas no Brasil (Foto: Firjan)

 

Desenvolvimento nacional

 

Para o desenvolvimento do Brasil, a Firjan atuou incessantemente junto a governos e parlamentares, de modo a alertar para a necessidade das reformas tributária, previdenciária e administrativa, além de defender a urgência da reforma política e a do Judiciário. A Reforma Tributária, que acompanhou Eduardo Eugênio do início ao fim de sua gestão, foi aprovada em 2024. O texto não é perfeito e ainda pode melhorar, mas foi considerado um avanço importante.

 

Institutos de inovação

 

Ser parceiro estratégico da indústria por meio do desenvolvimento tecnológico e pesquisa aplicada para acelerar a sua transformação está no DNA da federação. Hoje, os Institutos SENAI de Tecnologia, inaugurados em 2015 – IST Solda, IST Automação Industrial e o IST Química e Meio Ambiente –, atuam na prestação de serviços técnicos especializados de metrologia e consultoria. Já os Institutos SENAI de Inovação (ISI) Química Verde (2015), ISI Sistemas Virtuais de Produção (2016) e o ISI Inspeção e Integridade (2019) oferecem conhecimento técnico em soluções aplicadas à realidade da Indústria. Nesses institutos, 60% dos projetos que respondem aos desafios de ganho de produtividade, qualidade e eficiência são voltados para micro, pequenas e médias empresas.

 

Os institutos, em parceria com grandes empresas nacionais e multinacionais, desenvolveram simuladores para viabilizar treinamentos e projetos de redução de custos para a formação de recursos humanos. O acúmulo de capacidades tecnológicas permitiu a rápida resposta durante a pandemia da Covid-19, resguardando a saúde e segurança dos trabalhadores no seu ambiente, ao mesmo tempo em que garantiu a manutenção da atividade econômica.

 

“Se você não moderniza, você acaba. Você morre. Por exemplo, eu me lembro que tinha um sindicato de guarda-chuva. E eles pegaram o que eles sabiam de fazer guarda-chuva e foram fazer guarda-sol. E ficaram muito bem obrigado! Então, se eles não tivessem a percepção, não daria certo. Saber se o consumidor está indo naquela direção ou na outra. Se estiver na outra, mude. Porque senão ele vai te deixar nu. Então, eu acho que uma instituição como nós tem a obrigação de dar o exemplo”, elucida Eduardo Eugenio ao Memória da Indústria.

 

O Rio em Brasília e no mundo

 

Com foco no fortalecimento do estado, a Firjan utiliza seu escritório em Brasília como espaço de apoio às reivindicações dos empresários, atua junto ao Parlamento e ao Executivo, realiza missões nacionais e internacionais e amplia a fronteira para os negócios. A Firjan Internacional fomenta projetos para ampliar o fluxo de investimentos, o comércio bilateral e a cooperação econômica.

 

O presidente da Firjan também imortalizou no Projeto Memória o poder da federação de interagir. “O Rio é o segundo estado do país. Então o governante que queira, enfim, interagir com a sociedade, tem que vir ao Rio. E eles sabem que a Firjan é uma instituição isenta. Nós não somos partidários. Então estamos abertos institucionalmente a qualquer um. Então aqui tem uma possibilidade de um diálogo franco com o setor econômico e com a sociedade como um todo. E isso vem de sempre. Além disso, nós lidamos com o Congresso Nacional. Nós temos um escritório em Brasília justamente para facilitar o entrosamento nosso com os projetos que afetam aqui a economia e o estado do Rio de Janeiro. Esse escritório tem pessoas competentes e que transitam no Executivo, no Legislativo e em parceria com a CNI também, que tem uma estrutura maior em Brasília”.

 

Eduardo Eugenio na premiação do projeto Heróis do Futuro, de sensibilização das novas gerações para o tema da sustentabilidade (Foto: Guarim de Lorena)

 

Agenda Firjan na sustentabilidade

 

A sustentabilidade faz parte da agenda nessa gestão, que desenvolveu inúmeros projetos, como Heróis do Futuro – de sensibilização das novas gerações para o tema – e o Prêmio Firjan de Sustentabilidade. A federação também mobilizou a sociedade civil na Rio + 20 em 2012; participou da Cúpula da ONU sobre o Clima, a COP28, no debate sobre Bioeconomia, em 2023; e realizou ações de suporte técnico às empresas, com projetos de responsabilidade social, logística reversa, economia circular e de licenciamento ambiental.

 

Em maio de 2018, a Firjan tornou-se signatária do Pacto Global. Em 2021, a federação foi escolhida como organização âncora do Hub ODS no estado do Rio de Janeiro. A Agenda ESG (critérios ambientais, sociais e de governança) se tornou um imperativo para a federação.

 

Representações Regionais e Conselhos Empresariais

 

Durante a gestão do presidente Eduardo Eugenio foram inauguradas instalações e fortalecidas as representações regionais no interior, que passaram a contar com um conselho para articular ações e integrar esforços dessas representações para fomentar o desenvolvimento industrial do Rio.

 

Além disso, foram criados Fóruns Empresariais para estimular o crescimento de setores específicos e os Conselhos Empresariais, que assessoram as Diretorias e a Presidência. Hoje estão ativos 14 conselhos empresariais e dois fóruns.

 

Firjan SENAI SESI: fortalecimento

 

A partir de 1995, cresceu o número de unidades Firjan SENAI SESI em todo o território fluminense. Eduardo Eugenio inaugurou a Firjan SESI Macaé, Três Rios e Barra do Piraí (1997). Em seguida, nasceram a Firjan SENAI Três Rios/Cantagalo (1998), Macaé (2008), Itaperuna II (2009), Jacarepaguá (2009), São Gonçalo (2009), Angra (2011), Itaguaí (2011), Volta Redonda/Aeroclube (2013) e Três Rios (2015). Já as unidades Firjan SENAI SESI lançadas forfam: Santo Antônio de Pádua (2007), Santa Cruz (2010), Tijuca (2020) e Região dos Lagos (2024).

 

Depois vieram os Centros de Referência em Alimentos, Bebidas e Panificação (2020), Construção Civil (2021), Cinema e Audiovisual (2022) e de Saúde (2022), além das escolas de panificação e confeitaria em unidades móveis lançadas em 1998.  

 

“Era importante que, para ser uma instituição do Rio, do estado do Rio, que nós tivéssemos braços nas principais regiões. Como? Trazendo os empresários daquela região para participar e levar serviços para os trabalhadores no interior. Então, temos hoje oito representações, se não me engano, são fóruns onde os empresários participam e a forma de plugar a decisão da instituição, quer dizer, o caminho que a instituição vai tomar com os anseios da base empresarial. Então, é uma forma de você alargar e de ser verdadeiro. Nós, hoje, somos representantes do estado todo. E temos indústrias da maior importância”, acentua o presidente da Firjan.

 

Responsabilidade social

 

As ações sociais também tiveram destaque no primeiro ano da gestão de Eduardo Eugenio, com o lançamento do Ação Global, que trouxe iniciativas culturais, de saúde, esportivas e de cidadania para a comunidade. Em 2010 foi criado o SESI Cidadania para levar ações de educação, saúde, emprego, qualidade de vida e lazer a milhares de pessoas nas comunidades pacificadas.

 

Cultura e arte

 

Sob a gestão de Eduardo Eugenio, a cultura ampliou sua atuação territorial. Foram inaugurados diversos teatros, entre eles, o de Macaé (1995), Campos (1998), Itaperuna (2001) e Jacarepaguá (2009), além dos espaços da Firjan SESI para a programação cultural. Em 2004, com as leis de incentivo à cultura, nascem projetos como festivais, oficinas e formação de gestores culturais. Em 2011, a cultura ganha foco social, com programas envolvendo moradores de comunidades pacificadas (UPPs) e ações voltadas aos trabalhadores da indústria. Destaca-se ainda o Cine na Estrada, uma caravana que percorreu 15 municípios sem cinema. Em 2015, 27 artistas se mobilizaram contra o corte de verbas no Sistema S, reforçando a importância do SESI no desenvolvimento da cultura no país. 

 

O futuro

 

Em 2018, a Casa Firjan foi inaugurada para aproximar ainda mais a indústria das tendências, dos novos comportamentos, valores, formas de consumo e tecnologias. Em apenas cinco anos se consolidou como o principal hub de inovação do Brasil. Tendo como públicos-alvo empresários e profissionais, sedia importantes iniciativas, presenciais e online, como os Reports de Macrotendências, o Pensa Rio e o Festival Futuros Possíveis, visando entregar hoje soluções para os desafios da Nova Economia.

 

A Casa Firjan possui ainda um espaço para a fabricação digital, ampliando e democratizando o acesso a recursos tecnológicos. Os Fab Labs, as oficinas de tecnologia e eventos de Open Day, ajudam a tornar visíveis as transformações trazidas pela tecnologia. Esse espaço se tornou um dos maiores da América Latina e o único no Brasil com biotecnologia integrada.